No âmbito do programa das Comemorações do seu Centenário, a AF Braga lançou a iniciativa "Árbitro na Escola". O pontapé de saída destas ações foi dado esta manhã com o árbitro João Pinheiro no Colégio Alfacoop, em Braga, onde o internacional português estudou.

A iniciativa "Árbitro na Escola" pretende promover o fairplay, o respeito e a empatia valorizando o papel do árbitro e das equipas de arbitragem no jogo, promovendo a literacia para as leis de jogo e, ainda, mostrando a arbitragem como uma possibilidade de carreira desportiva.  

Cerca de duzentos alunos do segundo ciclo, do secundário e do curso profissional de desporto, participaram com entusiasmo e muitas perguntas na iniciativa. Na plateia estavam também Manuel Machado, presidente, Pedro Sousa,vice-presidente substituto, Miguel Azevedo, vice-presidente, Custódio Ribeiro, Diretor, e Cunha Antunes, Presidente do Conselho de Arbitragem da AFBRAGA. 

"Um jogo de futebol é só um jogo de futebol. A paixão não pode superar a razão. Os erros acontecem, revejo todos os meus jogos para evitar falhar" afirmou João Pinheiro quando questionado sobre as falhas em momentos decisivos e a reação dos adeptos, "mas sou humano e os erros podem acontecer. Quando os insultos vêm dos adeptos, não oiço. Há um trabalho a fazer para humanizar a figura do árbitro para que esses insultos deixem de acontecer. Estamos só a fazer o nosso trabalho, o melhor que sabemos". 

O árbitro internacional revelou que o seu segredo é "a resiliência, que acredito que seja o segredo dos grandes campeões. E não ter medo de falhar. Se falho no domingo, segunda tenho que voltar aos treinos, focado. Acredito muito em mim e gosto mesmo muito do que faço". 

Quanto à carreira como árbitro, João Pinheiro afirmou com convicção "nunca poderia ser jogador de futebol. Como árbitro tenho a oportunidade de viver de perto momentos únicos do jogo, com os melhores protagonistas do mundo! Ali, tão perto, e sem pagar bilhete! (...) Comecei a arbitrar com 14 anos, a minha primeira foto a arbitrar foi tirada para a revista desta escola, do Colégio Alfacoop. Aqui vivi anos muito felizes. Aconselho-vos a olhar para a arbitragem como uma possibilidade de carreira ou como uma segunda carreira profissional". 

Depois da sessão de perguntas e respostas, João Pinheiro distribuiu autógrafos, tirou fotografias com os alunos, e ofereceu à escola uma camisola autografada.