No Dia Internacional da Mulher, a FPF assinala a data com um evento especial, no qual se congregaram diversas mulheres que têm um papel importante e activo no Futebol nacional, entre jogadoras, árbitras, jornalistas e outras intervenientes no mundo do desporto-rei.

Sob o tema "Igualdade - Caminho Feito e Caminho por Fazer", teve lugar uma conversa animada, moderada por Andreia Sofia Matos, jornalista do Canal 11. Como convidadas, estiveram representantes de todas as associações de futebol distritais do país, devendo sublinhar-se que todas estas tomam parte do fenómeno futebolístico, sendo jogadoras, treinadoras e dirigentes (há quem acumule cargos). Para além das ilustres participantes, estiveram no auditório 1 da Cidade do Futebol as seguintes figuras, todas na qualidade de painelistas: Mónica Jorge (Directora da FPF), Vanessa Gomes (árbitra), Madalena Gala (ex-jogadora, treinadora, dirigente e comentadora), Ana Neri (Intendente da Polícia de Segurança Pública de Oeiras) e Carolina Couto (jornalista e narradora de futebol). O debate centrou-se nos avanços significativos que se assinalaram no universo do futebol feminino na última década, bem como em torno das dificuldades com que os agentes desportivos ainda se deparam.

O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, fez questão de marcar presença, dedicando à iniciativa, sentidas palavras de incentivo à evolução da variante feminina da modalidade. Mais do que discutir o assunto, a Direcção à qual preside tem apresentado nesta matéria, algo que foi referido no discurso do responsável máximo da Federação: "É um enorme orgulho liderar uma organização com tantas mulheres, dedicadas e competentes, que são vitais na condução de um universo que, historicamente e erradamente, durante muitos anos remeteu a condição feminina para um lugar secundário. Porque não há muito ainda era que se procedia na FPF. Hoje, a Federação é mais paritária, mais feminina, mais qualificada e, sobretudo, mais feminista. Em 2011, quando iniciámos funções, trabalhavam connosco 35 mulheres. Actualmente, temos 70. Não havia mulheres na Direcção nem a chefiar departamentos. Tal situação já não existe. Há dez anos, tínhamos menos de 6000 mulheres a praticar futebol, futsal e futebol de praia. Hoje, temos, praticamente, 12000. Isto significa que, em dez anos, duplicamos o número de praticantes. Também há uma década atrás, existiam 2300 jogadoras. Na actualidade, temos quase 7000. Há dez anos, havia 4 competições nacionais femininas. Hoje, temos 13. A Liga BPI foi restruturada de raiz. Os clubes mantiveram ou criaram novas secções femininas. Até as audiências de futebol feminino aumentaram. Nos dez anos que passaram, aumentamos o número de equipas nacionais femininas, chegando às onze. Nesse mesmo intervalo temporal, participámos em quatro fases finais de Campeonatos da Europa. Chegámos a duas meias-finais de provas de formação e à final do primeiro Euro de futsal, realizado em Gondomar. Conquistámos no feminino a medalha de ouro de futsal dos Jogos Olímpicos da juventude. A nossa Selecção Nacional era a 45ª classificada do ranking e hoje é a 29ª, sendo uma das 20 vinte melhores europeias. Estamos, actualmente, na corrida para o apuramento para o Campeonato do Mundo. Este ano temos previsto, só para o orçamento do futebol feminino, cerca de 5 000 000 de euros".

O evento, iniciado às 14h30, pode ser revisto através do seguinte link:

https://youtu.be/tJZToYJLp8I