Faleceu Diego Armando Maradona, El Pibe D'Oro, aos 60 anos.

Foram 680 jogos com 346 golos distribuídos por seis clubes (Boca Juniors, Newell’s Old Boys, Sevilha, Nápoles, Barcelona e Argentinos Juniors) e pela seleção das ‘pampas’. Um palmarés que fala por si: um campeonato do mundo, um mundial sub-20, uma Taça UEFA, um campeonato metropolitano argentino, uma liga espanhola, uma Taça de Espanha, uma supertaça espanhola, duas ligas italiana, uma Taça de Itália e uma supertaça italiana.

Distinções individuais foram muitas, também. Bola de Ouro no Campeonato do Mundo, duas vezes considerado ‘Rei da América’, melhor jogador no mundial sub-20, melhor marcador em Itália e melhor jogador do planeta.

Em 2000, recebeu da FIFA o prémio de melhor jogador do século XX, juntamente com Pelé.

Após ‘pendurar as botas’, continuou ligado ao futebol, na posição mais próxima das quatro linhas que podia ter: treinador. Começou no Textil Mandiyú da Argentina, seguiu-se o Racing Club, antes de parar uma década. Em 2009 regressa para orientar a Seleção Nacional da Argentina, cargo que ocupou até 2010. Seguiram-se duas épocas no Al Wasl e outras duas no Al-Fujairah SC. Chegou a treinar o Dorados no México e atualmente ocupava o comando técnico do Gimnasia de La Plata. Faleceu esta quarta-feira, com 60 anos de idade.

O que não tinha em altura, tinha em talento. Maradona entrou e conquistou o mundo do futebol, ao ponto das duas palavras não se conseguirem dissociar uma da outra.

Diego Armando Maradona provavelmente nunca chegou a conhecer um por cento das pessoas que o admiravam, o que não faz com que os restantes 99% não pudessem considerá-lo como ‘seu’. ‘El Pibe’ fez ‘parte’ de milhares, eventualmente até milhões de famílias. Inspirou crianças e foi idolatrado por gerações. Fez nascer sonhos e foi o motivo de tantos atletas hoje em dia brilharem nos relvados do mundo. Maradona não precisava de estar presente para mexer com as pessoas. Talvez por isso seja considerado um Deus do futebol.

O astro argentino atingiu o estatuto de lenda imortal muito antes de ter partido e o planeta hoje chora o ‘apito final’ numa vida tão rica em sucessos.

Num ano tão complicado e tão atípico, o mundo diz adeus a Diego Armando Maradona, para muitos o melhor jogador de todos os tempos.

′′Se eu morrer, quero voltar a nascer e quero ser jogador de futebol. E eu quero voltar a ser Diego Armando Maradona. Sou um jogador que deu alegria às pessoas e isso me basta e me sobra′′ - Diego Armando Maradona