O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, defendeu a necessidade do envolvimento de todas as entidades no combate ao flagelo que é à manipulação dos resultados desportivos. “O caminho de rigor e transparência só será possível com a ajuda e união de todo o movimento desportivo, autoridades policiais e judiciais, parlamento e governo”, declarou o presidente da FPF numa conferência de sensibilização para esta temática realizada no auditório da sede da Polícia Judiciária, em Lisboa. Fernando Gomes alertou para o facto deste “flagelo poder não só destruir o futebol mas também a sociedade”.

Fernando Gomes assinalou as ações que a FPF tem feito para proteger a integridade do futebol mas deixou um apelo às autoridades, nomeadamente à PJ: “Precisamos da vossa ajuda para perseguir e punir atos criminosos que têm o potencial de destruir o futebol e o desporto nacionais”.

O diretor da PJ, Luís Neves, também sublinhou a necessidade de “um trabalho em conjunto, olhos nos olhos, com patamares de partilha de informação e bases de confiança, para sermos capazes de antecipar, prevenir e reprimir as atividades que atentam contra a verdade desportiva e a essência do desporto”.

Albano Pinto, diretor do DCIAP, lamentou que “as diferenças entre o sistema punitivo português e internacional” e destacou que “só o desporto sem corrupção pode ter dimensão ética”.

Na sessão de abertura, interveio igualmente Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, que considerou: “se o match fixing é o cancro do desporto, a verdade é que não descobrimos a cura. Retardar os seus efeitos passa pela educação”.

Se conhece algum caso, denuncie através da plataforma de denúncia da FPF: https://integridade.fpf.pt